Encantada,mas sem asas.

Ela queria um minuto de atenção,ninguém entende que ela precisa de alguém,um alguém pra sair dessa crise.

Correr pra fora dessa loucura e tentar tirar tudo da cabeça é meio que loucura.
Agora ela esta completamente fora de si,correndo com o seu pensamento companheiro.
Ser ou não ser?
No meio da praça ela se sentou com o skate na mão,a chorar.
Porque achou alguém que ela precisava,que a entendia.
Que conseguia esclarecer tudo que nem ela mesmo pensava,sabia.
Mas como?
Jogou seu celular na parede do banheiro que ali estava,ao ver que ninguém havia ligado,com a insônia decidiu ir pra casa.
Aguentar estar sozinha,ter o peso do mundo nas costas naquele momento.
Colocar seu capuz e o skate no pé não ia adiantar,nada vai adiantar.
A única coisa que vai adiantar e alguém se importar.
Mas não ninguém sabe,ninguém tenta,achar ela.

Voltou pra casa no desespero de alguém perguntar se ela estava bem.
Sim,perguntaram,aliás,um alguém perguntou.
E o resto? que resto,que se foda.

Aqui esta a garota cujo sentimento continua a flor da pele.
E aqui esta ela com o capuz e o skate.
Correndo pra praça novamente.